Valor Econômico, 01/09/2014, por Beth Koike
Imóveis de hospitais particulares desativados vêm sendo alvo de desapropriação do governo de São Paulo. Do ano passado para cá, pelo menos quatro prédios nesse perfil foram considerados de utilidade pública e transformados em hospitais públicos. Esses projetos já demandaram cerca de R$ 135 milhões em desapropriações, reforma predial e compra de equipamentos.
Entre eles, está o prédio que abrigou por quase 40 anos o Hospital Panamericano, da operadora de planos de saúde Samcil em liquidação judicial desde 2011. Localizado no Alto de Pinheiros, em São Paulo, o imóvel será a partir do próximo ano uma unidade especializada em ortopedia e traumatologia e funcionará como um braço do Hospital das Clínicas (HC).
A Secretaria Estadual de Saúde investirá cerca de R$ 67 milhões na nova unidade do HC. Deste total, R$ 30 milhões serão destinados para a reforma do prédio. A outra parcela, de R$ 37 milhões, refere-se à desapropriação do imóvel, que pertence ao empresário Roberto Horst, filho do fundador da Samcil, Luiz Roberto Silveira Pinto, morto em 2011. Horst, empresário do setor imobiliário, questiona a avaliação e o pagamento será feito em juízo.
Segundo fontes do setor, antes da desapropriação, Horst pretendia erguer no local um hospital de alto padrão em homenagem ao pai e já havia obtido, inclusive, um financiamento. Na época em que a Samcil fechou, a Rede D`Or e Albert Einstein chegaram a analisar o imóvel do Panamericano.
A nova unidade do HC faz parte de um projeto da Secretaria da Saúde de criar uma rede de hospitais especializados em trauma. O hospital do Alto Pinheiros estará ligado ao sistema de resgate que atende as emergência e acidentes ocorridos em São Paulo. Hoje, os casos de traumatologia e ortopedia atendidos pelo resgate são enviados ao HC, Santa Casa de São Paulo ou Hospital do Mandaqui.
Há aproximadamente duas semanas, a Secretaria Estadual de Saúde inaugurou uma unidade do Instituto do Câncer (Icesp), em Osasco. No local, havia uma clínica oncológica que faliu. O governo pagou R$ 13 milhões pela desapropriação do imóvel e investiu outros R$ 13 milhões para aquisição de equipamentos médicos e obras. Essa unidade do Icesp, em Osasco, também faz parte de um projeto do governo que pretende criar uma rede com centros especializados em oncologia.
No ano passado, o governo paulista chegou a anunciar a desapropriação do Santa Marta, hospital inativo no bairro de Santo Amaro e que pertencia à Samcil. O projeto não avançou porque a secretaria considerou o gasto, de R$ 72 milhões, muito alto para por o hospital em funcionamento.
A Prefeitura de São Paulo também está adotando iniciativas semelhantes. O imóvel do Hospital Santa Marina, fechado há cerca de quatro anos, foi adquirido pelo empresário Edson Bueno, fundador da Amil, em um leilão, por R$ 55 milhões. Porém, Bueno desistiu da transação após uma negociação com a secretaria municipal da saúde que já tinha planos de transformá-lo em um hospital público.
A administração do Santa Marina, que agora passa a se chamar Hospital da Vila Santa Catarina, será feita pelo hospital privado Albert Einstein que investirá R$ 24 milhões para a compra de equipamentos médicos e na reforma predial do hospital, situado próximo ao Aeroporto de Congonhas.
O custo anual do Hospital da Vila Santa Catarina, que reabre as portas no próximo ano, é estimado em R$ 134 milhões e será pago pelo Albert Einstein. Deste total, R$ 18 milhões serão subsidiados pelo SUS e os outros R$ 116 milhões virão da isenção tributária do Einstein, hospital filantrópico que reverte sua renúncia fiscal em projetos ligados à saúde pública. No triênio 2012-2014, a sua isenção tributária soma R$ 566 milhões.
Outra desapropriação feita pela prefeitura paulistana foi o imóvel do Hospital Vasco da Gama, que também pertenceu à Samcil. O prédio, que fica na zona leste da capital, foi avaliado em R$ 17,5 milhões e atualmente pertence a um banco. O prédio era a garantia de um financiamento tomado pela Samcil, que não conseguiu pagar o empréstimo. A municipalização do hospital ainda não foi concluída e, segundo a prefeitura, o valor será depositado em juízo.
Em 2011, antes de encerrar as atividades, a Samcil era dona de sete hospitais, que poderiam render entre R$ 200 milhões e R$ 450 milhões, caso fossem vendidos. Porém, seis deles tinham sido colocados como garantia de empréstimos bancários.
Moradora da região durante toda a minha vida, pergunto qual a posição da SAAP em relação a essa situação: para o funcionamento de um hospital desse porte, qual o impacto para a região? Há transporte publico adequado?: O acesso é fácil? Quais os transtornos para a região e para as casas no seu entorno? Como será a convivência com ambulâncias, pessoas, ambulantes, acesso? Segurança? Como será o acesso pelas ruas no entorno? Afinal é uma região bem residencial, com moradores de longa data e algumas ruas são praticamente de circulação local. Ambulâncias de resgate? Gostaria muito de obter a opinião e posição da SAAP a respeito. Grata
[…] maior problema no momento está sendo o futuro Hospital de Trauma que será instalado no antigo Hospital Panamericano. Estamos tentando falar com a equipe da Secretaria de Saúde estadual que coordena o projeto para […]
[…] notícia de que o hospital Panamericano foi comprado pelo Governo do Estado de São Paulo para a instalação de uma… tem preocupado moradores do Alto de Pinheiros sobre os impactos que um hospital de tal porte pode […]
Eu gosto muito do alto de pinheiros e trabalhei durante anos no hospital panamericano e um hospital antigamente maravilhoso e com uma localizacao boa se realmente reabrir sera um hospital de referencia e ajudara muitos pacientes
[…] mas estava fechado desde 2011, depois que a empresa passou por problemas financeiros. Em 2014, o governo estadual decidiu desapropriar o imóvel para instalar uma unidade do Hospital das Clínica…, um projeto ainda em […]
no hospital panamericano alto de pinheiros, aonde eu nasci com a data comemorativa do dia do panamericano, espero que volta a funcionar, porem esse nome panamericano mesmo assim e uma data importante para o mundo e o hospital tambem seja o nome mais conhecida
[…] antigo Hospital Panamericano, desapropriado em 2014, foi fonte de preocupação recente em Alto dos Pinheiros. Em janeiro, chegou a haver princípio de […]